sábado, 17 de março de 2018

"FAKE NEWS" NOVAS E ANTIGAS


                       “FAKE NEWS” NOVAS E ANTIGAS
A Internet e suas redes sociais colocaram ao alcance dos humanos infinitas páginas para escrever o que desejar. Os cidadãos portam agora microfones e câmeras 24 horas por dia podendo documentar e manifestar sobre tudo, sem censura, acabando com o monopólio dos órgãos de comunicação tradicionais, ou seja, rádios, jornais, revistas e canais de televisão. As empresas de comunicação logicamente estão sentindo a concorrência e tentando adaptação para sobrevivência devido à queda de faturamento e crescente perda de mercado. Jornais e redes televisivas passaram a agredir diariamente as empresas de Internet sob a acusação de propagação de FAKE NEWS, OU NOTÍCIAS FALSAS. Paralelamente ditadores também proíbem Internet ou censuram, pois a população agora possui este instrumento fatal para destruir ditadores e corruptos. Haja vista o estrago que a LAVA JATO está causando aos corruptos brasileiros com a ajuda inestimável das redes sociais. Os órgãos de imprensa normais costumam ser tendenciosos. Cada empresa dessas, por diversos interesses costumam optar por algum corrupto de estimação, a quem sempre dão cobertura. Nas redes sociais existem sim as chamadas “FAKE NEWS”, mas em nível tão pequeno que nunca vai justificar a morte da Internet. A internet veio para ficar e é o instrumento precioso para o exercício do pensamento. As pessoas a cada dia estão mais esclarecidas para perceber a veracidade de postagens sociais e com possibilidades imensas de exercer a cidadania, não dependendo das escassas e inacessíveis empresas tradicionais. Possivelmente a cantora Ana Vilela, sem internet, jamais teria conseguido fazer chegar até nós sua maravilhosa música TREM BALA, que não resisto de transcrever aqui inspirado trecho:
Segura teu filho no colo
 Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir”.
Cabe neste ponto lembrar que notícias falsas, ou FAKE NEWS, sempre foram mais presentes no passado. Quanto mais voltarmos ao passado, mais mentiras e mais notícias falsas vamos encontrar escritas e consagradas em livros gordos e dourados. Vamos voltar a Roma, no ano 441. Velhos barbudos reunidos em concílio, todos reprimidos sexualmente pelo celibato imposto pela sua igreja, decretaram que certa Maria era mãe de Deus, que fora fecundada pelo espírito santo em forma de pombo, mas que permanecera virgem depois do nascimento do filho, que ficou mundialmente famoso até nossos dias. Mesmo depois de Charles Darwin ter provado a Evolução de todos os seres, ainda persiste o ensinamento que a criação do homem deve-se a um oleiro mestre em escultura de barro, que com sopro milagroso deu vida a Adão e Eva de Barros. Depois o oleiro raivoso expulsou suas criaturas desobedientes de um paraíso ainda não detectado até hoje. Em seguida houve um acordo esquisito com perdão temporário aos descendentes do casal Barros, até que um filho do oleiro viesse a terra selar amizade com o povo, através de derramamento de seu sangue numa cruz. Por toda nossa era foram construídas enormes casas luxuosas para contar que Moisés, general do oleiro, livrou seu povo do cativeiro no Egito abrindo milagrosamente as águas do mar para seu povo passar em fuga para a liberdade. Mais tarde o sucessor de Moisés Araão saiu vitorioso numa batalha porque o oleiro parou o sol ao entardecer, dando tempo para terminação de um massacre contra outro povo, que não se sabe até hoje a que outro deus pertencia. Vamos deixar de lado as estórias de pescadores vendo o mestre andando sobre águas profundas sem se afundar e outros desafios à lei da gravidade. Para preservação dessas e outras FAKE NEWS ANTIGAS, há uma fortuna incalculável gasta em tijolos, pedras, cimento na edificação de templos dourados, em detrimento de escolas e faculdades para uso da ciência. Assim, Charles Darwin continua quase desconhecido da classe estudantil do mundo, enquanto as FAKE NEWS ANTIGAS avançam séculos a fora.  
Perguntam sempre aos cientistas se acreditam em Deus. Um conhecido físico respondeu assim: “Se acreditasse nesse referido Deus, eu não seria cientista, bastava eu acreditar que o universo foi feito em 06 dias pelo ente misterioso e não haveria necessidade mais de tanto trabalho em nossas pesquisas”.
www.pedrohugocavallari.blogspot.com