sexta-feira, 11 de outubro de 2019

NÃO EXISTE MULHER FEIA


                       NÃO EXISTE MULHER FEIA
N
ÃO EXISTE MULHER FEIA OU HOMEM FEIO, É VOCÊ QUE BEBEU POUCO.
Esta piada muito difundida, mas de gosto duvidoso, acaba de ganhar respaldo científico. Um estudo do Grupo de Trabalho Sobre Álcool e Tabaco da Universidade de Bristol, na Inglaterra, conduziu testes de laboratório para avaliar como a bebida altera a percepção das pessoas sobre o que é atraente. Ficou demonstrado que sim, o álcool mascara a realidade.  Se o álcool muda nossa percepção do que é atraente, pode então levar-nos a comportamentos de risco, como sexo sem proteção e colher amargos frutos. As pesquisas confirmam que não é piada, é verdade, a balada pode trazer péssima escolha de parceiro. Assim, todos os pais estão expostos ao perigo eminente de um filho ou uma filha nos arrumar um genro ou nora de indesejável qualidade visual. Mas o pior é que, mesmo sem uso etílico, ainda pode a feia escolha filial ser agravada trazendo para o convívio familiar alguém de péssimo caráter, de má reputação, com baixa cultura, cheio de vícios e até com tendências criminosas.
Para ilustrar o nosso tema, reproduzo aqui conhecida piada, que publiquei na minha coluna HUMORCÊGO: “O rapaz chega muito animado e diz para sua mãe que se apaixonou por uma garota e quer se casar. A mãe inicia uma série de perguntas e ele faz a seguinte proposição: — Mãe! Vou trazer aqui amanhã três mulheres e você irá tentar adivinhar com qual delas eu irei me casar. A mãe acaba por concordar com o teste. No dia seguinte ele traz a sua casa três mulheres. Elas sentam-se no sofá e ficam conversando com a mãe do rapaz durante um bom tempo. Depois de horas de conversa entre elas, o rapaz então pergunta: — Então mãe, você é capaz de adivinhar com qual eu vou me casar? A mãe responde imediatamente: — Com a do meio. Tenho certeza, porque foi dela que eu não gostei, então deve ser a que você escolheu”. Pai e mãe não são convidados a opinar pelas escolhas de seus filhos e nossas leis não nos dão amparo e sustentação nesse sentido. Desta maneira, nós pais ficamos expostos a “chuvas e trovoadas”, e com raios que podem nos partir ao meio. Ainda por cima, nossas leis, por incrível que pareça, abrem espaço para que nós avós sejamos intimados a pagar pensão em certas circunstancias, mas não nos dão direito algum em participar da escolha que fazem nossos filhos na hora da colheita de óvulos ou espermatozóides. O pagamento de pensão também pode atingir outros descendentes e irmãos, consoante disposições dos artigos seguintes de nosso Código Civil: “(Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros. Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais”. Nota-se que os avós são os primeiros alvos da justiça, se o filho não puder pagar a pensão devida.
Família é inquestionável a sagrada célula da sociedade que deve ser defendida e preservada com todas nossas forças. As famílias são formadas pelo casamento oficial ou não. Mas os casamentos geram alguns parentescos complicados, principalmente os por afinidades. Piadas de sogras e cunhados rodam o mundo. Principalmente as mães de homem, em sua maioria, jamais achariam a nora adequada para seu filho amado. Então, a relação de sogra com nora é sempre difícil, e, às vezes impossível. Mais problemático e até perigoso ainda são as madrastas. Madrastas freqüentam até os programas policiais e tribunais do júri. São bastante conhecidos casos chocantes e inesquecíveis de crimes bárbaros envolvendo a relação de madrasta e enteado. Também sendo hoje muito corriqueiras as separações de casais com filhos, houve um aumento colossal da população de chamados “meio irmãos”, com os segundos casamentos. Já se encontra bem povoada a terra com os meios irmãos e meias irmãs. A situação familiar ficou ainda mais apimentada com a advinda dos casamentos entre gays e entre lésbicas, para não dizer engraçada. O irmão do gay casado não sabe se tem um cunhado ou uma cunhada, os pais não sabem se é genro ou nora, os sobrinhos não sabem se chama de tio ou de tia. As apresentações em geral ficaram bastante tumultuadas.
Uma vez que não é dado aos pais direito de interferência nas escolhas dos filhos, penso que pai ou mãe também não são obrigados a gostar do escolhido ou escolhida. Mas, na medida do possível, os pais precisam aceitar e se esforçar em conviver com genro e nora, se não podem os genitores perder de vista o filho ou a filha. Por pior que seja a escolha do filho, temos que engolir o intruso ou intrusa... Glu glu glu! Hum! Que gosto ruim!
WWW.pedrohugocavallari.blogspot.com


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