CIDADE NÃO PODE TER DONO

 

CIDADE NÃO PODE TER DONO

Cidade não pode ter dono. Também não pode um Estado, um País, um Supremo Tribunal ter dono. Onde acontece isso? Aqui mesmo e há centenas de anos.

Sobre o assunto, assisti minha “família adotiva fictícia” liderada por Décio Cacete discutindo a necessária reforma política no Brasil. Recordo-me de parte da conversa...

Décio Cacete:- Nossa cidade não pode permanecer escrava de um mandatário até sua morte como se fosse o único capaz de governar.

Seu cunhado Armando O. Pau acrescentou:- Um mandatário não, uma família dona da cidade para sempre é o que acontece muito. Nosso país vem há anos sendo alvo de famílias donas de um Estado ou de município, principalmente no Nordeste.

A mulher de Décio Cacete, dona Teodora O. Cacete interveio:- Isso mesmo, o exemplo mais conhecido é o Estado do Maranhão onde família Sarney só faltou registrar a propriedade no cartório. Mas em nosso Estado de São Paulo também existe municípios na condição de propriedade particular, devido nosso sistema político falido. A cidade passa de pai para filho e até para neto. Lembra-nos das Capitanias Hereditárias em que as Províncias todas eram passadas de pai para filho.

Dona Amanda O. Pau, mulher de Armando O. Pau, assim desabafou:- Estou cansada de ver políticos que vieram do nada ficarem milionários, mesmo ganhando salários baixos como vereadores, prefeitos, governadores, presidentes e até ministros. Todos ficam bem de vida. Na lista de coisas que ninguém viu pode incluir político pobre.

Armando O. Pau interrompeu sua mulher dizendo:- Certo, querida, até ministro do Supremo Tribunal está rico aqui e em Portugal. Esse endinheirado é dono de uma turma no STF. Ele possui poder majoritário para votar tudo a seu gosto e interesse, devido ao apoio incondicional dos seus colegas marionetes.  É um absurdo e vergonhoso como se chega a ministro da suprema corte de nosso país. Foram todos alçados lá por mãos imundas de nossa política podre. E lá ficam até quase mortos, visto que aposentadoria vem somente aos 75 anos, graças ao maior proprietário de ministros lá no STF, o famoso decadente PT, líder maior da corrupção brasileira. Até 2015 os ministros do STF aposentavam-se aos 70 anos, mas a presidenta assinou ampliação para 75 anos. Vamos ter que agüentá-los dando apoio aos seus padrinhos corruptos por muito tempo. Mesmo com a Lava Jato prendendo e condenando, os corruptos não se intimidam confiantes da proteção da cúpula do judiciário. Ao tentar indicar um nome para o Supremo com quem possa tomar cerveja, Bolsonaro faz da escolha do novo ministro numa escolha de um vassalo para atender seus interesses.

Décio Cacete retornou na conversa: - Por isso que tenho dito de modo exagerado que a reforma política pode ser feita com um ARTIGO ÚNICO: “Todos que já foram eleitos para os cargos de prefeito, vereador, governador, deputado, senador e presidente ficam inelegíveis para sempre”. Aí poderia haver renovação na nossa política. Do jeito que está, com os partidos também tendo donos que manobram tudo usando a milionária verba eleitoral colocada à disposição de cada partido, nunca vai acabar com os donos de cidades e Estados.

Após isso que narrei, tenho a informar que a vaga de ministro do supremo que Dr. Moro abriu mão, por não querer pactuar com intenções não republicanas do nosso presidente, foi discutida e resolvida esta semana por Bolsonaro, sabe na casa de quem... Na casa de Gilmar Mendes. Na reunião que contava ainda com Dias Toffoli, Bolsonaro apresentou o desembargador do TRF-1 Kassio Marques como seu candidato ao STF na vaga deixada por Celso de Mello, aposentando este mês por idade. Kassio vai engrossar o time de inimigos da Lava Jato, onde já jogam de atacantes principais Dr. Augusto Aras e o Gilmar. Kassio foi indicado para o TRF-1 por Dilma e é ligado ao PT do Piauí. Está patente que o Supremo também possui um dono e que o presidente agora é sócio. Nesse panorama atual os incontáveis corruptos estão indo ao delírio. O Jair entrou no time de camisas e meias sujas causando revolta de sua torcida enganada.

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