ESSE MUNDO É DOS LOUCOS
Os brasileiros com freqüência
mencionam o ditado afirmativo “Esse mundo
é dos loucos” para ressaltar pessoas fora dos padrões normais agindo em
qualquer campo. Hoje interessa ressaltar as loucuras no campo político no
passado e no presente. No passado vale lembrarmo-nos do Jânio Quadros,
respeitável gramático da língua portuguesa, que tonto de cachaça chegou voando
numa vassourinha para assumir a cadeira de presidente do Brasil em janeiro de
1961. Ele nem esquentou a cadeira. Quis peitar o congresso e fez uma renúncia
estratégica em agosto de 1961, contando que o povo sairia às ruas para pedir
sua volta, mas isso não ocorreu e sua cadeira foi ocupada pelo seu Vice João
Goulart (Jango), que também logo foi expulso do Palácio da Alvorada pelos
líderes da Revolução de 1964. Durante os governos militares greves eram
proibidas e sindicatos não se atreviam a desafiar o poderio militar bem
exercido nos anos 64 a 85. Mas, com o Ministro Delfim Neto o Brasil passou
nessa época a gozar de período de grande sucesso na economia, principalmente na
área da indústria automobilística. Este tempo da economia foi tão pujante que ficou
conhecido de “milagre econômico”. Então houve excelente demanda de mão de obra,
principalmente de metalúrgicos na produção de automóveis. Em situação de pleno
emprego, cresceu os olhos dos sindicalistas da região do Abc em engordar suas
finanças e passaram a buscar alguma forma de iniciar greves de reivindicações
de toda espécie. O Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo em
reunião apostou num aposentado por um dedo mínimo perdido no serviço de uma
metalúrgica, que se comunicava bem com os peões das fábricas. Foram a algum
boteco de São Bernardo do Campo e trouxeram o Lula para presidir esse poderoso
sindicato. O objetivo era peitar a lei que proibia greves e fazer as fábricas
se ajoelharem diante de paralisações e abrir os cofres para felicidade dos
sindicalistas. Em 1979 o Presidente João B. Figueiredo estava assumindo a
presidência com promessa firme de promover abertura política total, pondo fim
ao regime militar e repressões em geral. O sindicato do Lula apostou que já
havia condições de arriscar uma greve atropelando a abertura anunciada. Assim, em 13 de março de 1979 aconteceu a
primeira greve direcionada principalmente contra a Volkswagen do Brasil. Naquelas circunstâncias de forte regime
militar só um bêbado ou louco se atreveria mobilizar um grande sindicato a
promover paralisação. Veio a repressão militar contra os grevistas, mas
Assembléias no Estádio Municipal de São Bernardo do Campo, comandadas por Lula,
conseguiram manter a paralisação. Tendo sucesso na primeira greve, começaram
greves em séries em empresas da grande São Paulo e interior. Disseram que até houve
greves encomendadas por montadoras com pagamentos ocultos aos sindicatos a fim
de regularizar excesso de estoques de veículos nos pátios das fabricas. Ou
seja, trabalhadores foram usados como massa de manobra e prejudicados para
benefício de fábricas e sindicalistas. Mais
uma vez um louco ou bêbado se deu muito bem numa empreitada muito arriscada,
alcançando notoriedade nacional. De presidente de sindicato a presidente de
partido político foi um pulo e, depois de algumas tentativas frustradas, Lula
chegou à presidência do país, substituindo seu amigo Fernando Henrique, que lhe
entregou a faixa presidencial feliz como nunca. Com
ventos favoráveis no primeiro mandato, o bêbado se deu bem com um país que andava
sozinho, fazendo todos sindicalistas homens ricos e políticos de sucesso,
nadando de braçada no mar de corrupção petista. Ainda fez uma ex-guerrilheira,
também perturbada, sua sucessora, que jogou o país numa crise grande, fazendo milhões
de desempregados, cuja conta o país está pagando até os dias de hoje.
Desmascarado o Lulismo corrupto pela Lava Jato, os eleitores acreditaram num
Mito. Agora não foi uma vassourinha, mas um gesto de mão do “mito”
identificando um revólver, prometendo caça aos criminosos e bandidos de todos
os tipos, que elegeu o presidente Mito. Mito
é palavra do Grego Mythos, com significados de discurso, invenção, lenda,
relato imaginário. Basicamente Mito é uma coisa inexistente ou falsa. Mas o
mito se elegeu, assumiu fazendo loucuras, vendo inimigos imaginários a La Don
Quixote, e desprezando perigos como o “assassino em massa” Covid-19. As
loucuras do Mito todos já conhecem.
O nosso sistema político viciado na
corrupção e o Supremo desvirtuado de suas funções legais estão propiciando
devolver o Brasil ao mais louco e corrupto de todos os tempos Lula. O
judiciário em Brasília está rasgando todos os processos do cachaceiro,
viabilizando sua volta ao posto de presidente. E parece que os eleitores estão
loucos para eleger loucos já conhecidos e reconhecidamente corruptos, sem
procurar uma opção útil e melhor. Assim, O Brasil político está se afirmando
como país dos loucos, bandidos, corruptos onde vale a pena ser criminoso. Se o mundo é dos loucos, não sabemos, mas o
Brasil parece ser. Mas são loucos muito espertos.
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