terça-feira, 21 de setembro de 2021

ESSE MUNDO É DOS LOUCOS


 

  ESSE MUNDO É DOS LOUCOS

Os brasileiros com freqüência mencionam o ditado afirmativo “Esse mundo é dos loucos” para ressaltar pessoas fora dos padrões normais agindo em qualquer campo. Hoje interessa ressaltar as loucuras no campo político no passado e no presente. No passado vale lembrarmo-nos do Jânio Quadros, respeitável gramático da língua portuguesa, que tonto de cachaça chegou voando numa vassourinha para assumir a cadeira de presidente do Brasil em janeiro de 1961. Ele nem esquentou a cadeira. Quis peitar o congresso e fez uma renúncia estratégica em agosto de 1961, contando que o povo sairia às ruas para pedir sua volta, mas isso não ocorreu e sua cadeira foi ocupada pelo seu Vice João Goulart (Jango), que também logo foi expulso do Palácio da Alvorada pelos líderes da Revolução de 1964. Durante os governos militares greves eram proibidas e sindicatos não se atreviam a desafiar o poderio militar bem exercido nos anos 64 a 85. Mas, com o Ministro Delfim Neto o Brasil passou nessa época a gozar de período de grande sucesso na economia, principalmente na área da indústria automobilística. Este tempo da economia foi tão pujante que ficou conhecido de “milagre econômico”. Então houve excelente demanda de mão de obra, principalmente de metalúrgicos na produção de automóveis. Em situação de pleno emprego, cresceu os olhos dos sindicalistas da região do Abc em engordar suas finanças e passaram a buscar alguma forma de iniciar greves de reivindicações de toda espécie. O Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo em reunião apostou num aposentado por um dedo mínimo perdido no serviço de uma metalúrgica, que se comunicava bem com os peões das fábricas. Foram a algum boteco de São Bernardo do Campo e trouxeram o Lula para presidir esse poderoso sindicato. O objetivo era peitar a lei que proibia greves e fazer as fábricas se ajoelharem diante de paralisações e abrir os cofres para felicidade dos sindicalistas. Em 1979 o Presidente João B. Figueiredo estava assumindo a presidência com promessa firme de promover abertura política total, pondo fim ao regime militar e repressões em geral. O sindicato do Lula apostou que já havia condições de arriscar uma greve atropelando a abertura anunciada.  Assim, em 13 de março de 1979 aconteceu a primeira greve direcionada principalmente contra a Volkswagen do Brasil. Naquelas circunstâncias de forte regime militar só um bêbado ou louco se atreveria mobilizar um grande sindicato a promover paralisação. Veio a repressão militar contra os grevistas, mas Assembléias no Estádio Municipal de São Bernardo do Campo, comandadas por Lula, conseguiram manter a paralisação. Tendo sucesso na primeira greve, começaram greves em séries em empresas da grande São Paulo e interior. Disseram que até houve greves encomendadas por montadoras com pagamentos ocultos aos sindicatos a fim de regularizar excesso de estoques de veículos nos pátios das fabricas. Ou seja, trabalhadores foram usados como massa de manobra e prejudicados para benefício de fábricas e sindicalistas. Mais uma vez um louco ou bêbado se deu muito bem numa empreitada muito arriscada, alcançando notoriedade nacional. De presidente de sindicato a presidente de partido político foi um pulo e, depois de algumas tentativas frustradas, Lula chegou à presidência do país, substituindo seu amigo Fernando Henrique, que lhe entregou a faixa presidencial feliz como nunca.  Com ventos favoráveis no primeiro mandato, o bêbado se deu bem com um país que andava sozinho, fazendo todos sindicalistas homens ricos e políticos de sucesso, nadando de braçada no mar de corrupção petista. Ainda fez uma ex-guerrilheira, também perturbada, sua sucessora, que jogou o país numa crise grande, fazendo milhões de desempregados, cuja conta o país está pagando até os dias de hoje. Desmascarado o Lulismo corrupto pela Lava Jato, os eleitores acreditaram num Mito. Agora não foi uma vassourinha, mas um gesto de mão do “mito” identificando um revólver, prometendo caça aos criminosos e bandidos de todos os tipos, que elegeu o presidente Mito. Mito é palavra do Grego Mythos, com significados de discurso, invenção, lenda, relato imaginário. Basicamente Mito é uma coisa inexistente ou falsa. Mas o mito se elegeu, assumiu fazendo loucuras, vendo inimigos imaginários a La Don Quixote, e desprezando perigos como o “assassino em massa” Covid-19. As loucuras do Mito todos já conhecem.

O nosso sistema político viciado na corrupção e o Supremo desvirtuado de suas funções legais estão propiciando devolver o Brasil ao mais louco e corrupto de todos os tempos Lula. O judiciário em Brasília está rasgando todos os processos do cachaceiro, viabilizando sua volta ao posto de presidente. E parece que os eleitores estão loucos para eleger loucos já conhecidos e reconhecidamente corruptos, sem procurar uma opção útil e melhor. Assim, O Brasil político está se afirmando como país dos loucos, bandidos, corruptos onde vale a pena ser criminoso. Se o mundo é dos loucos, não sabemos, mas o Brasil parece ser. Mas são loucos muito espertos.

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