sábado, 3 de junho de 2017

O FATIAMENTO DO REI


                               O FATIAMENTO DO REI
Nos primórdios da organização humana havia as tribos que eram governadas por um chefe, ou Chefe da Tribo. O poder de um chefe de tribo era mantido diretamente por ele com seus guerreiros. Aumentando a população e o numero de tribos, chegamos às monarquias em governo absolutista, surgindo então, a figura do Rei. O rei passou a dominar grande território ou estado com poder absoluto, onde fazia e desfazia. Acreditava-se que os reis eram escolhidos por Deus e, sem serem questionados, exerciam o seu poder de forma centralizada, absoluta, ou seja, todo o poder estava concentrado nas mãos do monarca. O rei reunia em si todos os poderes: era legislador, julgador, senhor do exército e dono do povo. Em sua maioria os reis eram tiranos, cruéis e déspotas. Déspota é definido como o indivíduo extremamente ganancioso que não hesita em destruir, denegrir, matar, em nome do poder e por pura vaidade. Despotismo é uma forma de governo na qual uma única entidade governa com poder absoluto.
É indiscutível que qualquer poder e em qualquer época só pode ser exercido e mantido com uma força policial ou exército dando cobertura.
As “Cidades Estados” da Grécia (Atenas, Esparta e outras) deram vez aos impérios e reinados, sempre com o poder militar dando sustentação. Os monarcas e grandes imperadores não poderiam concentrar em si todos os poderes ao governar grandes territórios e milhões de pessoas. ENTÃO HOUVE O FATIAMENTO DO REI. O rei ou imperador foi fatiado em democracias ou ditaduras através da divisão de poder, sendo mais usual o PODER EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO. Juntando-se as três fatias mencionadas obtemos um REI ANTIGO. Se as fatias forem sadias temos governo justo e eficaz. Não é o que acontece na democracia brasileira. O Poder Executivo, cujo chefe é o Presidente da República, que também chefia as forças armadas, está podre pela corrupção fortemente instalada pelo governo petista a partir de 2002. O governo lulupetista reuniu todas os defeitos do antigo rei déspota, que para manter o poder e suas luxúrias, colocou o país nas piores colocações do mundo em todas as áreas. Educação e saúde de ruim para péssimas, economia destroçada com 15 milhões de desempregados e um povo descrente com seu presente e futuro, com medo de sair às ruas, pela falta de segurança.
Sempre qualquer poder foi sustentado por exército para uso interno e externo. Forças armadas de hoje equivalem aos guerreiros das antigas tribos. Se o chefe de tribo perder o respeito junto aos seus guerreiros, tudo pode acontecer. Um presidente chefe das forças armadas, da mesma forma, precisa merecer lealdade e confiança de seus membros, sob pena de colocar em risco a democracia do país. O risco pode ser afastado, desde que o poder judiciário não esteja também contaminado e inoperante. O nosso judiciário está sadio? Se não está, corremos perigo. A nossa Constituição monta teoricamente um judiciário básico independente, uma vez que o artigo 95 da Carta Magna confere aos Magistrados de carreira, empossados através concurso público, as seguintes garantias: vitaliciedade (I), inamovibilidade (II), irredutibilidade de vencimentos (III) dentre outras. Contudo, a mesma constituição abriga tribunais superiores formados por indicações políticas, que permite a entrada pela porta da frente, lateral e porta dos fundos. Os membros dos tribunais superiores são formados por indicações  do poder executivo e legislativo. Estes tribunais é que vão julgar seus amigos políticos de todas as esferas. Impossível formar um tribunal de boa qualidade desta maneira. Nossa justiça é comparável a fazer um bolo da melhor qualidade e depois uma cobertura com produtos estragados. E o pior é que ainda esses tribunais superiores mandam nos magistrados todos legalmente constituídos, podendo julgar e reformar sentenças de juízes de primeiras e segundas instâncias. E atropelam até a Constituição, da qual deveriam ser os guardiões. Vide julgamento do Impeachment de Dilma Rousseff, supervisionado pelo Ministro Lewandovsky do Supremo Tribunal Federal. Ele permitiu cassar a Dilma sem cassar seus direitos políticos por oito anos. A nossa Carta Magna determina a perda dos direitos políticos por oito anos em caso de cassação do presidente. Assim, Dilma está ai à disposição de seus desavisados eleitores para fazer alguma trapalhada em qualquer nível de cargo público do Brasil. 
As fatias do rei todas estragadas, Executivo, Legislativo e Judiciário, só restaria aos guerreiros promover a limpeza e a devida organização de tudo. É uma pena!
www.pedrohugocavallari.blogspot.com

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